Expectativa e realidade (BVIW)

— E se eu tivesse resolvido ajudá-la quando ela precisou?

— E se eu tivesse dito a verdade?

— E se eu tivesse sido mais presente?

Ah, esses “e se”! Esse pensar na possibilidade de que se resolva um problema sem que se encontre a solução adequada, é o que nos faz arrependermos até do que não fizemos ou nem sequer tentamos fazer.

Pois bem, Maria depois de perceber que havia perdido, para sua irmã, um bem precioso, ficou horas nesse “e se?” Porém nada lhe apontava a resposta certa, ou aquela que explicasse sua falta de malícia ou habilidade para conquistar o que queria desde criança. Chegou o momento em que ela não podia fazer mais nada, pois o pouco que ela queria, como lembrança de sua mãe, mas não lutou para tê-lo, acabara de ser conquistado por sua irmã com a aquiescência dos outros dois irmãos.

Pois bem, Maria se esqueceu que cada pessoa tem um propósito, assim como ela tinha o dela e, que, para realizá-lo, cada uma escolhe as estratégias de acordo com sua índole, capacidade e habilidade. O acaso não protege ninguém. Pois bem, ao se dar conta que havia falhado na sua participação quando houve a discussão da partilha dos bens deixado pela genitora, sem ter sido feito um inventário, Maria percebeu que se fosse resolver ficar com as pratarias, agora teria que entrar na justiça.

Iêda Chaves Freitas

23.05.2023

Tema da semana. Se fosse resolver