Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
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Textos

Tem dias que me sento na calçada das lembranças, do meu tempo de criança, e vejo correr pela minha mente rios de felicidades. Foi um tempo em que mergulhei nas correntezas de alegrias, naveguei por aventuras sadias e nadei, de braçada, em devaneios ingênuos.

Ah, tudo isso porque tive o prazer de dançar, correr e me banhar na chuva. Lembro das disputas com as amigas para desfrutar das melhores biqueiras, aquelas que caíam dos telhados das casas como se fossem cachoeiras. Competíamos para ficar embaixo daquela biqueira que tinha a mais forte queda d’água, e assim desafiávamos o tempo em que permanecíamos ali, sentindo a água massagear nossas cabeças de crianças felizes.

Tudo naqueles dias de “inverno[1]” era divertido. O clima ficava convidativo para que me sentasse próximo ao fogão de lenha, ouvindo as histórias de minha avó e comendo as guloseimas que ela preparava, e eu as degustava com amor.

E com as lembranças de uma infância cercada de sonhos e fantasias, banho-me em lágrimas de saudades e renovo meu compromisso com a vida.

Regozijo-me por ter aprendido o sentido da felicidade a partir de uma vida rica em experiências e de uma convivência saudável com a natureza, com o simples e com o belo. 

 

Iêda Chaves Freitas

27/10/2021

 


[1] Lá no meu torrão nordestino quando chove se diz que é inverno, posto que só se distingue bem duas estações: a chuvosa e a que não chove.

Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 27/10/2021
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