Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
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Textos
 Desesperança
 
Mais de 500 dias se passaram desde o início da pandemia da COVID-19, quando foi modificado o ritmo e o cotidiano das pessoas e das organizações em todo o mundo. Especialmente no Brasil, algumas empresas e muitas pessoas ainda não conseguiram (re)fazerem os planos para uma vida normal.
 
Foram tantas vozes silenciadas e gritos sufocados, mas poucos ou quase ninguém ouviu os apelos. Os prantos tornaram-se sussurros! Medos e inseguranças dominaram a rotina de parte da população e ainda continuam a rondar os espaços habitáveis.
 
Nesse caos, oportunidades se perderam no vendaval de dúvidas e muitas portas se fecharam, ampliando o desemprego no país.
 
No cotidiano de “um novo normal” continua a se negar espaço para que entre o bom senso, pois o senso comum ameaça a ciência e a ganância ameaça a biodiversidade.
 
O ego de uns, sobrepuja, algumas vezes, a inteligência de muitos. E, nesse ambiente de contaminação de angústias e incertezas, milhares de vidas foram perdidas e outras perderam o rumo e o prumo.
 
A verdade é que, pelo menos, parte da sociedade se encontra em um vazio de esperanças, sem que se enxergue, no fim do túnel, soluções viáveis para a redução das desigualdades socioeconômicas, que foram agravadas nesses quase dois anos de crise sanitária, cujo virus parece ter contaminado, também, o sistema político e as instituições brasileiras.

 
Iêda Chaves Freitas
24.09.2021
 
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 24/09/2021
Alterado em 25/09/2021
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