Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
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Textos
 
O que toca minha alma? Que sons me tocam? O que me comove? O que me encanta? Ou o que me faz sentir um ser, essencialmente, humano?
 
Ainda não tinha me feito essas perguntas, mas, aprendi que, enquanto viva, estou em processo, e é nessa incompletude, que quero aprender o que me faz ser e viver melhor a cada novo dia.
 
Por isso, fui buscar essas respostas e, mesmo que provisórias, espero obter as que mais se aproximem da minha essência. Assim, procurei encontrar vestígios nos alfarrábios de minhas memórias, desde as brincadeiras de infância, as aventuras da adolescência, os arroubos da juventude, a responsabilidade da fase adulta, de modo a obter pistas do que me trouxeram até aqui. O que me moveu? Quais foram os propósitos?
 
Pois bem, descobri que cheguei na maturidade, depois de muitas batalhas, algumas vencidas, outras não, mas, com a sensação de dever cumprido em todas as etapas da vida, e ainda, com muitas inquietações e curiosidades acerca de minhas potencialidades, habilidades e competências atuais.
 
Descobri que ainda tenho traços da infância, pois me encanto com os passarinhos, os bichos, as borboletas. Deslumbro-me apaixonada com o nascer e o pôr-do-sol. Percebi que ainda tenho medos, não do escuro ou de altura, mas de faltar uma mão para apoiar-me, um ombro para eu encostar e chorar minhas emoções, de ter pessoas para me ouvir.
 
Me descobri curiosa e corajosa para enfrentar desafios novos.  Sonho com o que ainda estar por vir. Continuo tendo devaneios, planejando e definindo metas, claro, com menos ousadia. Gosto de ouvir músicas boas, não importa o gênero, desde que sejam as que me despertem vontade de dançar, cantar e alegrar-me.
 
Tenho dificuldades de conviver com a falta de preservação da natureza; sinto-me impotente diante as desigualdades sociais. Me incomodam o aumento das taxas de feminicídio, a baixa qualidade da educação, os altos índices de violência, as drogas...
Me surpreendo com a falta de empatia, de solidariedade e de amor. Sinto falta de amizades sinceras.
 
Me encanto com as tecnologias que promovem evolução social e econômica, contudo, me desencanto com as pessoas que perderam a esperança de lutar por uma sociedade melhor, menos egoísta e mais solidária.
 
Me toca, sensivelmente, as pessoas que agem em prol do bem, porque são essas que mostram o valor do ser humano.
 
Enfim, de todas as respostas, a que mais me tocou, foi ter entendido que o essencial é viver com intensidade o tempo que me resta, fazendo o bem, amando e irradiando felicidade e empatia.
 
Iêda Chaves Freitas
01.03.2021.

 
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 01/03/2021
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