Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
Textos
Maria desde criança foi muito curiosa. Muito jovem ainda começou a observar que as pessoas que ela mais admirava tinham, em comum, o fato de terem uma abreviatura que dizia do seu ofício. Por exemplo: o vigário da cidade atendia pelo nome de Pe. Dário, a profa. Terezinha era a melhor educadora do grupo escolar, dr. Nelson era o médico mais conhecido da região. Então ela pensou: eu também quero ter um distintivo antes do meu nome. E assim, com o passar do tempo, foi alimentando esse desejo de escolher uma atividade que lhe desse prazer em realizá-la, além de um distintivo. Pois bem, quando Maria chegou à fase da adolescência, sem que ninguém lhe perguntasse o que ela queria ser, um dia, em conversa com sua mãe, ela confessou: Não quero ser Maria de ninguém! Para mim sobrenome de marido não é profissão e nem garantia de independência financeira.
Ela já percebera que as moças que conhecia, e que eram mais ou menos da sua idade, tinham apenas o direito de casarem-se. E ela, mesmo que quisesse se casar, almejava ter também uma profissão e, com isso, ser independente financeiramente.
Quando finalmente foi pedida em casamento a resposta, ao invés do tradicional “sim”, foi uma pergunta: Posso continuar a estudar? Isso porque se o pretendente dissesse que não, certamente ela não casaria, pois já sabia que queria ser uma profissional, só não havia em quê. Maria enfim se casou, teve filhos, mas não desistiu de seus sonhos e, além de sua tão sonhada independência financeira, conquistou uma bela profissão e mais de um distintivo antes de seu nome.
Ela já percebera que as moças que conhecia, e que eram mais ou menos da sua idade, tinham apenas o direito de casarem-se. E ela, mesmo que quisesse se casar, almejava ter também uma profissão e, com isso, ser independente financeiramente.
Quando finalmente foi pedida em casamento a resposta, ao invés do tradicional “sim”, foi uma pergunta: Posso continuar a estudar? Isso porque se o pretendente dissesse que não, certamente ela não casaria, pois já sabia que queria ser uma profissional, só não havia em quê. Maria enfim se casou, teve filhos, mas não desistiu de seus sonhos e, além de sua tão sonhada independência financeira, conquistou uma bela profissão e mais de um distintivo antes de seu nome.
Iêda Chaves Freitas
08.02.2021
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 08/02/2021
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