Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
Textos
Ah, essa chamada verdade é uma incógnita. Ela é absoluta na lógica das ciências exatas. No sofismo, a verdade quase convence pela beleza dos discursos, sendo relativa, mutável. Já na Filosofia, os questionamentos traduzem a verdade em um infinito perguntar, é ou não é?
A verdade permanece inalterada apesar das contingências? Ou a verdade se torna uma busca contínua busca, um processo de observação e percepção de fatos?
Nessa divagação fico a pensar que a verdade é construída a partir daquilo que defino com base no meu ponto de vista, ou melhor, vejo-a, a partir de um ponto. Nesse caso, parece que não há necessidade de retórica, a curiosidade e a busca por uma certeza convincente, baseada no raciocínio bem articulado é suficiente.
Por um prisma, pode-se pensar em acatar os argumentos de Jean-Paul Sartre, que disse ser a verdade construída de acordo com os valores de uma sociedade. Nesse caso, pode-se deduzir que uma tal verdade muda com os processos contínuos de evolução das culturas sociais.
Já, para Foucault a verdade pode ser construída a partir de um acontecimento em espaços e tempos delimitados, o que nos faz pensar que assim ela não pode ser válida em outro tempo e noutro lugar.
Enfim, é verdade aquilo que merece confiança porque além de real é original? Pode-se dizer que a verdade é o que tem autenticidade e legitimidade, contudo essa garantia é dada por quem? Pela Ciência? Mas o conhecimento científico apenas dá conta de apontar verdades provisórias a partir de um conjunto de argumentos, postos a prova.
Outros questionamentos surgem quando enveredado pelo lado da religião, da fé, das crenças, dos dogmas... Nessas perspectivas o que caracteriza a verdade? Como se caracteriza? De absoluta?
Nesses tempos líquidos em que as mudanças são imprevisíveis, não há dúvidas, cada vez fica mais difícil entender ou caracterizar a verdade, posto a diversidade de razões e motivações para que se distorçam os dados e fatos que poderiam sustentar a lógica de uma verdade absoluta, assim como relativizá-la. Parece que a resposta vai depender de quem tem o domínio do conhecimento ou do poder.
A dinâmica da sociedade moderna diante do inusitado processo de informações fake news (ou notícias falsas), fez surgir um novo vocábulo “a pós-verdade”, de modo que se possa perceber a fragilidade na lógica do raciocínio diante dos fatos. Faz-nos acreditar que a verdade está contida no que está dito e só reforça o que, na verdade, acredita-se.
E, falando a verdade, nem eu sei quando estou sendo relativa, exceto se uso a verdade com a lógica matemática.
Iêda Chaves Freitas
30.01.2021
A verdade permanece inalterada apesar das contingências? Ou a verdade se torna uma busca contínua busca, um processo de observação e percepção de fatos?
Nessa divagação fico a pensar que a verdade é construída a partir daquilo que defino com base no meu ponto de vista, ou melhor, vejo-a, a partir de um ponto. Nesse caso, parece que não há necessidade de retórica, a curiosidade e a busca por uma certeza convincente, baseada no raciocínio bem articulado é suficiente.
Por um prisma, pode-se pensar em acatar os argumentos de Jean-Paul Sartre, que disse ser a verdade construída de acordo com os valores de uma sociedade. Nesse caso, pode-se deduzir que uma tal verdade muda com os processos contínuos de evolução das culturas sociais.
Já, para Foucault a verdade pode ser construída a partir de um acontecimento em espaços e tempos delimitados, o que nos faz pensar que assim ela não pode ser válida em outro tempo e noutro lugar.
Enfim, é verdade aquilo que merece confiança porque além de real é original? Pode-se dizer que a verdade é o que tem autenticidade e legitimidade, contudo essa garantia é dada por quem? Pela Ciência? Mas o conhecimento científico apenas dá conta de apontar verdades provisórias a partir de um conjunto de argumentos, postos a prova.
Outros questionamentos surgem quando enveredado pelo lado da religião, da fé, das crenças, dos dogmas... Nessas perspectivas o que caracteriza a verdade? Como se caracteriza? De absoluta?
Nesses tempos líquidos em que as mudanças são imprevisíveis, não há dúvidas, cada vez fica mais difícil entender ou caracterizar a verdade, posto a diversidade de razões e motivações para que se distorçam os dados e fatos que poderiam sustentar a lógica de uma verdade absoluta, assim como relativizá-la. Parece que a resposta vai depender de quem tem o domínio do conhecimento ou do poder.
A dinâmica da sociedade moderna diante do inusitado processo de informações fake news (ou notícias falsas), fez surgir um novo vocábulo “a pós-verdade”, de modo que se possa perceber a fragilidade na lógica do raciocínio diante dos fatos. Faz-nos acreditar que a verdade está contida no que está dito e só reforça o que, na verdade, acredita-se.
E, falando a verdade, nem eu sei quando estou sendo relativa, exceto se uso a verdade com a lógica matemática.
Iêda Chaves Freitas
30.01.2021
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 30/01/2021
Alterado em 30/01/2021
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