Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
Textos
Há dias eu sentia que precisava de um momento comigo mesma. Queria refletir sobre as belezas, surpresas e incógnitas da minha vida.Geralmente, fico pensativa quando se aproxima o meu aniversário. É um período no qual renovo minhas esperanças em viver mais e melhor, além de agradecer a dádiva de ter vivido mais um ano. Aproveito, também, para refletir sobre o que não deu certo. Enfim, além de pensar em belos sonhos, desejo realizar fantasias, sentir novas emoções e enfrentar desafios. Desta vez, com mais experiência e segurança.
Desta forma, para essa conversa comigo mesma, escolhi, assim que anoiteceu, um lugar bonito e tranquilo. Sentei-me na varanda do chalé que estava hospedada e reservei um cantinho com esmero. Ganhei a companhia da lua e, no lago à minha frente, os peixes de vez em quando faziam sincronias, como se me dissessem: – Ei! Estamos aqui, você não está sozinha. E ali, com a brisa acariciando meus pensamentos, boas lembranças me vieram.
O coaxar dos sapos, depois de alguns minutos, deu espaço ao cantar dos grilos, e eis que, de repente, surge o brilho de um vagalume, mesmo que o seu brilho tenha durado pouco tempo. Não importa, valeu a pena tê-lo visto. Lembrei-me da minha infância, quando corria atrás dos pirilampos querendo alcançá-los.
Por fim, a calmaria em minha volta permitiu-me serenar, agradecer e planejar. E, nesse momento de solitude, ao som de uma música suave, tomei um bom vinho e agradeci à vida.
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 02/12/2020
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