Estamos na estação invernosa. Entretanto, o dia, contrariando o clima, amanheceu lindo, com um sol daqueles de verão. Observando a natureza a minha volta, pensei: “Vou aproveitar para fazer um longo passeio pelos caminhos da vida”. Decidida, escolhi o percurso, fazendo questão de não incluir, nos planos, de onde iria chegar. Para mim não importava isso, desde que, no final, eu tivesse a certeza de que voltaria ao ponto de partida.

O traçado escolhido me permitiu fazer leituras daquilo que estava ao meu entorno e, ao mesmo tempo, fez-me refletir sobre o sentido da leveza da alma. Aos poucos, fui percebendo que, assim como a vida, o caminho que escolhi não era plano nem linear, alguns esquinas e obstáculos sinalizavam para que eu tivesse cuidado, redobrasse minha atenção, já que havia no chão saliências ou depressões que poderiam provocar lesões se, por acaso, eu tropeçasse ou pisasse em falso. Sinal de que devemos sempre estar atentos.
Nesse trajeto, olhando o conjunto da paisagem que me cercava, refleti sobre minhas conquistasse e relembrei como fui cuidadosa em cada passo que dei rumo a elas. Algumas exigiram mais esforços, outras mais cuidado. O bom é que me dei conta que todas me renderam aprendizados.
Em troca dos encantos que eu ia me permitindo enxergar acabei fazendo (re)leituras da minha vida e de cada ação que contribui ou interferiu para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. E assim, confesso, foi prazeroso esse meu caminhar, pois me fez relembrar, entre outras coisas, os amigos que somei ao longo desta minha jornada, as venturas e aventuras vividas pelos caminhos da vida.