Há dias que, olhando fotos antigas, tenho belas recordações. E essas reminiscências gosto de tê-las, pois me ativam a curiosidade em saber o que fui, vi e vivi ao longo dessa caminhada pelas estradas da vida.
Nesses momentos é inevitável o sentimento de saudade, as lembranças que revivo, as angústias pelo que não consegui realizar ou as decepções que não foram possíveis evitar. Faz parte. Mas, também, dou boas risadas pelo que fiz de engraçado, os micos que paguei, os foras que levei. Sinceramente, não lamento o que fiz de errado, com os erros aprendi, alguns sonhos, claro que não os realizei. Recordo-me dos tombos que levei e como me levantei de cada um deles, e não me arrependo das vezes que tentei fazer algo, mesmo não conseguindo. Ah, ia esquecendo, relembro, com carinho e gargalhadas, os amores proibidos e, com sabor de quero ainda, os desejos que não saciei.
Quem não tem guardado nos baús da memória as fantasias que usamos nos palcos de nossos espetáculos? Particularmente, vem na minha mente as imagens dos diferentes personagens que representei, os quais, admito, foram importantes para moldar a pessoa que sou hoje, ainda em construção, uma artista amadora nos palcos da vida real.