MARIA
Ela está apaixonada, mesmo não sendo tão comum, na sua idade, abrir-se para uma nova paixão, mas... aconteceu. E a verdade é que Maria desde criança foi uma sonhadora, no entanto, achava que o romantismo era ingênuo e apostava diretamente no amor, na sua cumplicidade.
Pois bem, Maria conduziu sua vida, estudou, casou-se, teve filhos, escolheu e seguiu uma carreira profissional. Não tinha sido fácil a sua vida, já que no percurso sofreu desilusões, foi ingênua, no entanto, tudo isso a fortaleceu enquanto profissional e, especialmente, como mulher, reafirmando o propósito estabelecido na adolescência de ser uma pessoa livre, autônoma e responsável por suas decisões.
Com base no seu próprio processo de evolução aprendeu a não renunciar aos seus sonhos, nas primeiras dificuldades, e assim, com o tempo, foi aprendendo a traçar objetivos, definir estratégias e estabelecer metas. A cada objetivo alcançado um novo era priorizado.
Agora, na fase da maturidade, eis que, de repente, Maria recebe um telefonema de uma pessoa que ela conhecia, vagamente, há algum tempo. Ficou surpresa, mas, o motivo para ele ligar foi para lhe fazer um convite. Ela de imediato aceitou e isso era justamente o que o seu admirador queria, pois se abria a oportunidade de vê-la de perto e saber o que iria sentir, ou seja, se ainda era o mesmo que ele sentiu quando a viu alguns anos atrás. Foi o que ele lhe confessou alguns dias depois, em outro telefonema. Entretanto, não foi possível, para ele, mesmo tendo tudo planejado, ir ao encontro.
Ah!, mas com a facilidade dos meios de comunicação os dois não desistiram de manter aceso o desejo, agora de ambos, de saber o que irão sentir quando se (re)encontrarem pessoalmente.
O fato é que Maria tem se sentido uma adolescente. Espera, ansiosa, pelos contatos, mensagens, e o tal encontro que ainda está sendo planejado. Enfim, ela passou a ter devaneios que lhe fazem muito bem.