Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
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A pandemia fez mudar a minha vida, a sua ...
Na virada do ano de 2019-2020 todos nós, especialmente os brasileiros, esperávamos por mudanças positivas, havia perspectivas, é fato.

Particularmente, havia programado a viagem dos meus sonhos pela França, Itália e Portugal, ocasião na qual, também, celebraríamos o aniversário de um amigo. A pandemia, no entanto, interrompeu, temporariamente.

Até aí tudo bem, já que replanejar sonhos e festas é um exercício natural para muitos.

Contudo, o que não deve ser natural é, como uma epidemia que se transformou em pandemia, tornou-se um caos em tão pouco tempo, afetando a vida da sociedade mundial. O vírus surgiu de forma tão rápida e com tamanha intensidade e poder de contaminação, que até mesmo os históricos de outras doenças transmitidas por vírus, tornaram-se poucos efetivos para a tomada de decisões e estratégias de prevenção e cura.

O número de vidas ceifadas, em pouco tempo e quase no mundo todo, mudou radicalmente o comportamento da sociedade em vários aspectos, desde conviver com o isolamento social, as novas formas de consumo, os ajustes econômicos, enfim, as diferentes maneiras de conviver com uma crise, sem precedentes na história, pois além de um problema de saneamento, convivemos com a insensatez nos campos políticos e da ética, em proporções desmedidas e inesperadas.

Essa pandemia chegou para revelar o que muitos fingiam não ver. Foi um grito para que todos pudessem escutar, a vida é um sopro! Faça, portanto, ela valer a pena.

Serviu, (in)felizmente, para mostrar que todos os seres humanos podem ser atingidos por vírus, independente de quem pode comprar um hospital e todas as vagas de UTI, contratar pessoalmente médicos especialistas, equipes competentes. O dinheiro ou fama não é capaz de comprar, ou garantir, o ar que precisamos para respirar.

Morreram ricos e pobres, invisíveis e celebridades.

Antes que termine essa pandemia, já se pode perceber quantas coisas mudaram. Para uns, quase nada: continuam em casa, recebendo seu salário, fazendo suas compras, assistindo seus programas preferido na TV, as lives de seus artista preferidos....Ah, o que mudou? Podemos, por exemplo, pedir comida, bebidas e remédios, tudo delivery, de maneira cômoda, sem engarrafamentos, nem filas, sem pegar em dinheiro, se assim preferir.

Para algumas famílias mudou a consciência de paternidade, passando os pais a assumirem a obrigação que havia deixado de ser sua, a de educar os filhos, pois essa tarefa tinha sido transferida para a escola.
Muitas pessoas tiveram o incômodo de ficarem em suas próprias casas, assumirem tarefas domésticas, aprenderem a cozinhar, lavar e organizar suas próprias roupas. Outras, se queixam de terem interrompidas suas atividades sociais, atividades físicas e nem pensam que muitas não faziam e continuam não fazendo essas atividades porque já tinham limitações, no entanto não eram vistas, pouco importavam/importam as estatísticas.

Na minha percepção, o que mais impacta de verdade, são as ausências definitivas de entes queridos, sem despedidas, sem homenagens merecidas. Impacta, negativamente, também, a economia, as milhares de pessoas e famílias desempregadas, sem teto, sem comida e muitos, sem esperança. Impacta o social, o descontentamento com a vida, o semblante de quem já não mais sorrir, de quem perdeu a Fé.

Foram, e serão tantas mudanças, que se tornam impossíveis, no atual estágio, de se preverem em quais sentidos e em quais dimensões. Sabe-se apenas que haverá aqueles que aprenderam a lição, que mudaram para melhor, outros, provavelmente, mudarão suas posturas, tornar-se-ão pessoas mais complacentes, outras não, permanecerão pobres seres humanos, sem empatia, fazendo crer na máxima - Que é na crise que surgem as oportunidades, mas, infelizmente, não há oportunidades para todos em termos de igualdade.

Eu mudei, fiquei mais cuidadosa com os meus hábitos de higiene e, cada dia que passa, sinto-me mais comprometida com o próximo.

Refiz, além disso, meus planejamentos, aperfeiçoei meus sonhos, tornei mais reais meus objetivos.

Espero, quem sabe, depois da pandemia, possa contagiar mais pessoas com a minha energia e passe a viver cada dia melhor, e em perfeita harmonia numa sociedade aperfeiçoada.


Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 22/06/2020
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