Tempos espero que você seja gentil comigo, e com as pessoas que estão ou cruzam seus/nossos caminhos, porque sinto falta de seu sorriso, de sua expressão de contentamento com a vida que, por si só, já é uma dádiva. Veja... Se vivemos em sociedade e se, por natureza, somos seres movidos por sentimentos como o amor, a amizade e o respeito, parece-me inequívoco que aprendamos a ser pessoas do bem, o que se presume termos empatia uns pelos outros, e, sendo assim, permite-nos perguntar: “E se fosse comigo?” Diga-me... Como reagiria ao não receber um bom dia meu exatamente naquele em que amanheci radiante, quer tenha sido por uma conquista, o nascimento de um filho, de um neto ou de um livro que passei anos para escrevê-lo... Ou simplesmente porque dormi bem. Pois é, faz falta um cumprimento, um sorriso, um olhar com afeto, um gesto de respeito, como ceder seu assento, sua vez na fila, assim como lembrar de agradecer uma cortesia, um favor, uma lembrança, um mimo ou um presente.
É, faz tempo que desejo me reconfortar com seu reconhecimento, com sua gratidão, ouvir aquele aplauso, por exemplo, quando concluí, com mestria, aquela apresentação; o elogio quando consegui cumprir uma meta, a mão estendida quer seja para me dar os cumprimentos quer seja para me apoiar nas subidas ou me proteger quando quase caí. Quero retribuir tudo isso.
Há muito tempo quero aquele abraço que enlaça sentimentos, que abarca sonhos e nos tornam unos no desejo de compartilhar viveres e saberes. Quero também ensinar e aprender e assim ser cúmplice daquilo que nos move para frente e para cima.
Desejo, ah!, como desejo! Quero e espero gestos de carinhos em qualquer hora ou lugar, afagos que me façam sentir prazer e motivos para que eu dê boas gargalhadas de contentamento, assim até o meu olhar ficará iluminado diante de sua amabilidade.
Ei, você aí, o que está esperando para pôr em prática suas gentilezas que, ao encontro das minhas - e das outras pessoas -, resultará na construção de uma sociedade melhor. Pense gentilmente nisso.