Ieda Chaves Freitas
Percepções sobre o que li, vi e vivi.
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Textos
DESAFIOS? VENCÊ-LOS É A ALTERNATIVA
Minha vida, desde a infância, foi permeada por mudanças, não as esperadas pelas fases normais do processo de desenvolvimento humano, mas pelos desafios e peculiaridades que tive de vencer e, com isso, adaptar-me.  Não tive irmã, apenas um irmão, mas desejava muito ter tido uma irmã, pois todas as minhas amigas da infância tinham, e, naquela época, segunda metade do século XX, era natural as famílias serem numerosas. Dessa forma, tive que me contentar em brincar apenas com as amigas, notadamente aquelas da rua que morava. Aí vem uma observação: quase todas as brincadeiras de que participava, minha mãe as classificava como perigosas, inconvenientes, ou seja, na minha melhor fase da infância fui tolhida de brincar.                      
Para completar o quadro, a diferença de idade entre mim e meu único irmão é três anos, portanto, logo cedo meu pai me escolheu para ser sua assistente em diversas atividades profissionais. Achava ele que assim me tornaria uma pessoa responsável, como de fato me tornei. No entanto, muitas tarefas, digamos, típicas de adultos, eram por mim realizadas, inclusive a de contar e guardar o dinheiro ganho no dia a dia. Conclusão: sobrava-me pouco tempo para ser criança e maturidade para entender, era um quase ‘castigo’.
Portanto, essa situação foi me conduzindo a pensar como adulto, fazer planos para o futuro, querer ser independente, com a falsa impressão de liberdade que, ao contrário, só fazia me sentir mais presa. Não havia raiva ou aborrecimentos com meus pais, mas havia o desejo de ser criança.
Pois bem, essas particularidades de certa forma me despertaram para que passasse a observar os comportamentos de pessoas adultas, de prestar atenção às suas conquistas – daquilo que eu considerava sucesso –, porém, sem fazer distinção em relação à profissão, já que tinha mais a ver com a forma de como essas pessoas exerciam suas atividades. Admirava, e ainda admiro, pessoas que exercem suas funções com competência e zelo, isso vale para os professores, médicos, policiais, comerciantes, e até padres, que eram os profissionais que tinham mais destaque na sociedade nas décadas de 60 e 70. Pois bem, não tive a fase de adolescência, passei direto para a fase adulta e estive sempre em busca da realização dos meus objetivos.
Tornei-me uma profissional da educação e, com isso, consegui a tão sonhada independência financeira. Casei-me, sou mãe, avó e, atualmente, uma senhora aposentada.
Em síntese: decerto que realizei meus objetivos, com a observação de que muitos destes foram, de fato, revistos e reelaborados lá pelos meus 30 anos de idade. Aprendi, com as necessidades e decepções que a vida adulta impõe, a planejar, estabelecer metas e vencer desafios cada vez mais difíceis, celebrando as conquistas com simplicidade e, muitas vezes, em silêncio.
Na fase atual, o meu propósito é vencer medos, estes provocados, talvez, por expectativas frustradas, o que não significa enfrentar e vencer novos desafios, até porque meu lema sempre foi: aprender, fazer, realizar.
Avante!
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 07/11/2019
Alterado em 07/11/2019
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