Gosto da primavera. Admiro a beleza que essa estação proporciona e, para mim, é o melhor período para contemplar a natureza, explorando os cinco sentidos. Debruço-me na janela para olhar a perfeição das flores em suas diversidades e matizes, mas prefiro as rosas pelos seus aromas e assim exercito meu olfato ao ponto de identificar a fragrância que melhor define minha personalidade.
Contemplo todas as plantas com suas novas folhagens que ensinam sobre o poder da renovação e multiplicação das espécies. As borboletas surgem no meu jardim e me permitem aprender um pouco com seu multicolorido e, de imediato, tiro uma lição sobre a diversidade. O balé dos pássaros me encanta quando fazem evolução no ar e, ao observar a leveza desses seres, me ponho a pensar como singela deve ser a vida.
Ao acordar, ouço um som que vem das árvores que rodeiam minha casa, é o canto dos pássaros, uma verdadeira sinfonia anunciando que o sol está nascendo, um novo dia está raiando e preciso me levantar da cama, a vida me espera para ser intensamente vivida. Dirijo-me à varanda, respiro o ar necessário para abastecer minhas energias e agradeço pela dádiva de mais um dia de primavera.
Ando em direção aos meus vasos de plantas e pego uma flor do meu hibisco, contemplo-a porque amanhã terá outra em seu lugar. Continuo a curtir a beleza das outras flores de meus vasos bem cultivados, com o propósito de que elas me façam companhia nas minhas horas de trabalho.
Desço as escadas e caminho em direção ao quintal, lá há o que colher para saborear, me sinto lisonjeada, reflito: a natureza é sábia, nos ensina que vida é sempre um recomeço para quem sabe onde está e onde quer chegar, é só definir objetivos, planejar, estabelecer metas e colher os resultados em cada uma das estações.
Geralmente na primavera tenho colhido alegrias, felicidades e gratidão.