O livro A Face da Morte, do escritor Raimundo Antonio de Souza Lopes[i], ou simplesmente Raí Lopes, faz-nos pensar, não na morte em si, mas na essência da vida, reconhecendo que ela é efêmera. E o que se tem como certo, verdadeiramente, é a morte física e que essa tem uma face, cujas nuances podem ser matizadas de acordo com o nosso olhar sobre a vida, as pessoas, os serviços, as coisas, os contextos, os atos e omissões.
O autor, em três cenas vivenciadas com as pessoas que mais ama, viu a face da morte e as descreve com maestria, fazendo-nos refletir sobre as diversas situações que já vivemos ou que ainda podemos vivê-las e nem nos damos conta que, nem sempre, somos capazes de decidir ou agir quando não se tem escolha.
“A morte nos encontra em pequenos espaços de descuidos” (p.25) e, sendo assim, a mensagem que tirei dessa obra é que: a vida deve ser conduzida de modo que possamos entender que, independente do credo, ela não é eterna, sendo assim, que face imaginamos ter na morte?
[i] Raimundo Antonio Souza Lopes é recantista desde abril de 2007.