No livro de antologias Exercícios Literários - volume III, produzido pela Confraria Café e Poesia, da qual também faço parte, tem um texto escrito pela imortal Vanda Jacinto* que muito me cativou. Trata-se de uma crônica chamada Tempos paralelos, onda a autora descreve, com leveza e maestria, uma visita que fez a uma fazenda no interior do Rio Grande do Norte.
No texto, enquanto revisitava o lugar, ela fala de suas lembranças a partir da casa grande, contemplando os diferentes cenários que mudaram com o avanço dos tempos. Em dado momento, em sua narrativa, ao resolver sair de dentro da casa e ir até o curral onde o gado se encontra, ela se depara com a cena da ordenha de uma vaca. O quadro em si brota-lhe a inspiração e faz com que ela conclua o seu texto dizendo “que o tempo pode até mudar aspectos de um contexto e de práticas do cotidiano, mas não muda o que se tem de mais sublime, em qualquer tempo e lugar: o amor, notadamente, o amor materno, ali representado pela vaca e seu filhote”.
*Vanda Jacinto é recantista desde jul/2015.